Por que os dados são chamados de “o novo petróleo”?
Vivemos em uma era em que os dados assumiram um papel central na economia e na sociedade, sendo frequentemente comparados ao petróleo devido ao seu valor estratégico. Assim como o petróleo foi fundamental para o desenvolvimento industrial, os dados são agora o principal motor da transformação digital, impulsionando inovações e decisões em praticamente todas as áreas.
Com a digitalização acelerada e o uso massivo de informações pessoais, os dados se tornaram um recurso valioso, mas também uma fonte de preocupação em relação à privacidade e aos direitos dos indivíduos. Isso torna a proteção e a governança de dados uma prioridade global, especialmente diante dos riscos associados ao uso indevido ou à falta de segurança dessas informações.
Qual é a relação do arquivista com a LGPD?
Embora a implementação da LGPD tenha destacado setores como TI e Direito, o arquivista desempenha um papel igualmente essencial nesse contexto. Tradicionalmente responsável pela organização de documentos históricos, o arquivista agora se posiciona como um agente estratégico na governança de dados pessoais, alinhando suas competências às exigências da lei.
A gestão de documentos (GD), que é uma das principais atribuições do arquivista, fornece ferramentas como identificação, classificação e destinação de documentos, essenciais para a conformidade com a LGPD. Dessa forma, o arquivista assegura o uso ético e eficiente dos dados, promovendo práticas que atendem às regulamentações legais e aos princípios de privacidade.
Como os arquivistas contribuem para a adequação das organizações à LGPD?
Os arquivistas têm uma compreensão única da relação entre documentos e dados, o que os coloca em uma posição privilegiada para liderar programas de adequação à LGPD. Eles utilizam sua expertise para implementar práticas que garantem que os dados sejam tratados de forma ética, eficiente e em conformidade com as regulamentações.
Além disso, os arquivistas ajudam a criar políticas organizacionais que promovem transparência e responsabilidade. Essas políticas não apenas evitam penalidades legais, mas também fortalecem a confiança do público, assegurando que as informações pessoais sejam utilizadas e preservadas de forma responsável.
Quais são os processos da gestão de documentos que ajudam na conformidade com a LGPD?
A gestão de documentos (GD) inclui processos fundamentais, como identificação, classificação, avaliação e destinação de documentos. Esses procedimentos garantem que as informações sejam organizadas de maneira eficiente e alinhadas aos requisitos legais da LGPD.
Por exemplo, a avaliação documental permite que os arquivistas determinem quais dados devem ser preservados e quais podem ser descartados, respeitando os prazos e as finalidades estabelecidas pela lei. Essa prática minimiza riscos relacionados ao armazenamento desnecessário de dados e promove uma governança ética e eficiente.
Qual é o impacto do trabalho do arquivista na sociedade e nas organizações?
O trabalho do arquivista vai além da organização de documentos. Ele atua como um agente de transformação, ajudando organizações a navegar pelas complexidades da proteção de dados na era digital. Sua atuação reflete um compromisso com a ética, a eficiência e o respeito aos direitos humanos.
Além disso, o arquivista contribui para a preservação da história e dos direitos dos indivíduos, fortalecendo a democracia e a transparência organizacional. Seu papel na governança de dados é essencial para garantir que as práticas organizacionais estejam alinhadas aos princípios legais e éticos, promovendo confiança e responsabilidade em um mundo cada vez mais digital.
Fonte:
Autores: Lenora Schwaitzer | Natália Nascimento | Alexandre de Souza Costa
Artigo original disponível em: Reflexões sobre a contribuição da gestão de documentos.